Deixar Cristo Aparecer
O objetivo de todo o ministério é conservar o eu fora de vistas, e deixar que Cristo apareça. A exaltação de Cristo é a grande verdade que todos os que trabalham por palavra e doutrina devem revelar. Manuscrito 109, 1897.
Os obreiros na causa da verdade devem apresentar a justiça de Cristo, não como novo esclarecimento, mas como luz preciosa que foi por algum tempo perdida de vista pelo povo. Devemos aceitar Cristo como nosso Salvador pessoal, e Ele nos imputa a justiça de Deus em Cristo. Repitamos e acentuemos a verdade que João descreveu: “Nisto está a caridade, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós, e enviou Seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.” I João 4:10.
No amor de Deus abriu-se o mais maravilhoso veio de verdade preciosa, e os tesouros da graça de Cristo são manifestados perante a igreja e o mundo. … Que amor é este, quão maravilhoso, insondável amor que levou Cristo a morrer por nós enquanto éramos ainda pecadores! Que perda é para a alma que compreende as fortes reivindicações da lei, e todavia deixa de compreender a graça de Cristo, muito mais abundante!
É verdade que a lei de Deus revela o amor de Deus quando é pregada como a verdade em Jesus, pois o dom de Cristo a este mundo culpado precisa ser largamente considerado em todo discurso. Não admira que os corações não se tenham abrandado pela verdade, uma vez que ela tem sido apresentada de maneira fria e destituída de vida. Não admira que a fé haja vacilado ante as promessas de Deus, quando pastores e obreiros têm deixado de apresentar Jesus em Sua relação para com a lei divina. Quantas vezes deviam eles haver assegurado ao povo que “Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?” Rom. 8:32.
Satanás está determinado a que os homens não vejam o amor de Deus, que O levou a dar Seu Filho unigênito para salvar a raça perdida; pois é a bondade de Deus que leva os homens ao arrependimento. Oh! como havemos de ser bem-sucedidos em pôr diante do mundo o profundo, precioso amor divino? De nenhuma outra maneira podemos abrangê-lo a não ser exclamando: “Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus.” I João 3:1. Digamos aos pecadores: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” João 1:29. Mediante o apresentar a Jesus como representante do Pai, seremos habilitados a dissipar as sombras que Satanás tem lançado em nosso caminho, a fim de não podermos ver a misericórdia e o inexprimível amor de Deus tal como se manifesta em Jesus Cristo. Olhai à cruz do Calvário. Ela é permanente penhor do amor infinito, da incomensurável misericórdia do Pai celestial. Manuscrito 154, 1897.
O Espírito Santo
Cristo, o grande Mestre, possuía ilimitada variedade de assuntos de que escolher, mas aquele em que mais longamente demorava era a dotação do Espírito Santo. Quão grandes coisas predisse Ele para a igreja em virtude desse dom! Todavia, que assunto é menos considerado agora? Que promessa é menos cumprida? Faz-se um discurso ocasional acerca do Espírito Santo, e depois o assunto é deixado para consideração posterior. Manuscrito 20, 1891.
Ensinar os Passos na Conversão
Os pastores devem ter uma maneira mais clara e simples na apresentação da verdade tal como é em Jesus. Sua própria mente deve compreender mais plenamente o grande plano da salvação. Poderão assim conduzir a mente dos ouvintes das coisas terrenas às espirituais e eternas. Muitos há que querem saber o que precisam fazer para salvar-se. Querem simples e clara explanação dos passos requeridos na conversão, e não deve ser feito um sermão sem que parte dele se destine a tornar claro o caminho para os pecadores irem a Cristo e se salvarem. Devem apontar-lhes Cristo, como fez João, e com tocante simplicidade, corações ardendo no amor de Cristo, dizer: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” Fortes e diligentes apelos devem ser feitos ao pecador para que se arrependa e converta.
Os que negligenciam essa parte da obra devem converter-se a si mesmos antes de se aventurarem a fazer um sermão. Aqueles cujo coração se encontra cheio do amor de Jesus, das preciosas verdades de Sua Palavra, serão capazes de tirar do tesouro de Deus coisas novas e velhas. Não terão tempo para narrar anedotas; não se fatigarão para tornar-se oradores, ascendendo a alturas a que não podem levar com eles o povo; mas em linguagem simples, com tocante veemência, apresentarão a verdade como é em Jesus. Review and Herald, 22 de fevereiro de 1887.
Reavivamento de Antigas Verdades Adventistas
Há uma obra de sagrada importância a ser realizada pelos pastores e pelo povo. Devem estudar a história da causa e do povo de Deus. Cumpre-lhes não esquecer o passado trato de Deus com Seu povo. Devem reavivar e repetir as verdades que chegaram a parecer de pouco valor aos que não conhecem por experiência pessoal o poder e o brilho que as acompanharam ao serem vistas e compreendidas no princípio. Em toda a sua frescura e força originais devem essas verdades ser dadas ao mundo. Manuscrito 22, 1890.
O Ministério dos Anjos
Pela alma de todo homem, porfiam anjos bons e anjos maus. É o próprio homem que determina qual deles ganhará. Peço aos ministros de Cristo que forcem sobre o entendimento de todos os que lhes chegarem ao alcance da voz, a verdade do ministério dos anjos. Não condescendais com fantasiosas especulações. A palavra escrita é nossa única segurança. Importa orarmos como Daniel, para que sejamos guardados por seres celestes. Carta 201, 1899.
Sermões Argumentativos
Os muitos sermões argumentativos pregados, raramente abrandam e vencem a alma. … Deve ser a preocupação de todo mensageiro salientar a plenitude de Cristo. Quando o dom gratuito da justiça de Cristo não é apresentado, os discursos são secos e destituídos de espírito; as ovelhas e os cordeiros não são alimentados. Disse Paulo: “A minha palavra, e a minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder.” I Cor. 2:4. Há no evangelho essência e cerne. Jesus é o centro vivo de todas as coisas. Introduzi Cristo em todo sermão. Demorai-vos na preciosidade, misericórdia e glória de Jesus Cristo; pois Cristo formado no interior é a esperança da glória. Carta 15, 1892.
Apresentar a Verdade em Mansidão
Sede mensageiros cuidadosos. Não estejais ansiosos de ouvir e aceitar novas teorias, pois com freqüência estas são de tal natureza que nunca devem ser apresentadas à congregação. Não profirais palavras jactanciosas, de exaltação própria. Saia a Palavra de Deus de lábios santificados pela verdade. Todo pastor deve pregar a verdade tal como é em Jesus. Deve estar seguro daquilo que afirma, e manejar a Palavra de Deus sob a direção do Espírito Santo de Deus. Andai e trabalhai cuidadosamente diante de Deus, meus irmãos, para que alma alguma venha a ser enganada pelo vosso exemplo. Ser-vos-ia melhor nunca haverdes nascido do que levardes uma alma a se desencaminhar.
Os que professam ser servos de Deus necessitam fazer obra diligente na obtenção daquela vida em que o pecado e a doença e a dor não podem penetrar. Devem ser insistentes a tempo e fora de tempo.
Deus pede reformadores que falem de nossos púlpitos palavras vigorosas e de molde a elevar. É quando os homens falam as próprias palavras em sua própria força, em lugar de pregar a Palavra de Deus no poder do Espírito, que se magoam e ofendem quando suas palavras não são recebidas com entusiasmo. É então que são tentados a proferir palavras que suscitam o espírito de amargura e oposição em seus ouvintes. Estai avisados, meus irmãos. Tais palavras não devem sair dos lábios dos embaixadores de Cristo. Lábios santificados proferirão palavras que reformam, mas não exasperam. A verdade deve ser apresentada na mansidão e no amor de Cristo. Carta 348, 1907.
Armadilha do Inimigo
Devemos orar por iluminação divina, mas ao mesmo tempo ser cuidadosos quanto à maneira por que recebemos tudo quanto se nomeia novo esclarecimento. Precisamos acautelar-nos, não seja que, sob a capa de procurar verdade nova, Satanás nos desvie a mente de Cristo e das verdades especiais para este tempo. Foi-me mostrado que é a tática do inimigo levar as mentes a se deterem em algum ponto obscuro ou sem importância, alguma coisa que não foi plenamente revelada ou não é essencial a nossa salvação. Isso se torna o tema de todos os momentos, a “verdade presente”, quando todas as suas pesquisas e suposições só servem para tornar as coisas mais obscuras que dantes, e confundir o espírito de alguns que deviam estar buscando unidade mediante a santificação da verdade. Carta 7, 1891.
Suposições e Conjeturas Humanas
Ninguém apresente belos sofismas científicos para embalar o povo de Deus, adormecendo-o. Não revistais a solene, sagrada verdade para este tempo de qualquer roupagem fantástica de sabedoria humana. Detenham-se aqueles que tenham estado a fazer isto, e clamem a Deus para salvar-lhes a alma de fábulas enganosas.
É a energia viva do Espírito Santo que moverá os corações, não teorias aprazíveis e enganadoras. Apresentações fantasiosas não são o pão da vida; não podem salvar a alma do pecado.
Cristo foi enviado do Céu para redimir a humanidade. Ensinou as doutrinas que Deus Lhe deu a ensinar. As verdades por Ele proclamadas, tais como se encontram no Antigo e Novo Testamentos, devemos hoje proclamar como a Palavra do Deus vivo.
Vão os que querem o pão da vida às Escrituras, não ao ensino de homens finitos, errantes. Dai ao povo o pão da vida que Cristo veio do Céu trazer-nos. Não mistureis vosso ensino com suposições e conjeturas humanas. Quem dera que todos soubessem quanto necessitam comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus – fazer Suas palavras uma parte de sua própria vida. Manuscrito 44, 1904.
Fé Baseada na Verdade
Anseio diariamente ser capaz de cumprir dobrado dever. Tenho estado a suplicar ao Senhor força e sabedoria para reproduzir os escritos das testemunhas que foram confirmadas na fé e na primitiva história da mensagem. Após a passagem do tempo em 1844, eles receberam a luz e andaram na luz, e quando os homens que pretendiam possuir novo esclarecimento vinham com suas maravilhosas mensagens acerca de vários pontos da Escritura, tínhamos, pela atuação do Espírito Santo, testemunhos bem definidos, que excluíam a influência de mensagens como as que o Pastor G tem devotado o tempo a apresentar. Esse pobre homem tem estado a trabalhar decididamente contra a verdade confirmada pelo Espírito Santo.
Quando o poder de Deus testifica daquilo que é a verdade, essa verdade deve permanecer para sempre como a verdade. Não devem ser agasalhadas quaisquer suposições posteriores contrárias ao esclarecimento que Deus proporcionou. Surgirão homens com interpretações das Escrituras que para eles são verdade, mas que não o são. Deu-nos Deus a verdade para este tempo como um fundamento para nossa fé. Ele próprio nos ensinou o que é a verdade. Aparecerá um, e ainda outro, com nova iluminação, que contradiz aquela que foi dada por Deus sob a demonstração de Seu Santo Espírito. Vivem ainda alguns que passaram pela experiência obtida quando esta verdade foi firmada. Deus lhes tem benignamente poupado a vida para repetir e repetir até ao fim da existência a experiência por que passaram da mesma maneira que o fez o apóstolo João até ao termo de sua vida. E os porta-bandeiras que tombaram na morte devem falar mediante a reimpressão de seus escritos. Estou instruída de que, assim, sua voz se deve fazer ouvir. Eles devem dar seu testemunho relativamente ao que constitui a verdade para este tempo.
Não devemos receber as palavras dos que vêm com uma mensagem em contradição com os pontos especiais de nossa fé. Eles reúnem uma porção de passagens, e amontoam-na como prova em torno das teorias que afirmam. Isto tem sido repetidamente feito durante os cinqüenta anos passados. E se bem que as Escrituras sejam a Palavra de Deus, e devam ser respeitadas, sua aplicação, uma vez que mova uma coluna do fundamento sustentado por Deus estes cinqüenta anos, constitui grande erro. Aquele que faz tal aplicação ignora a maravilhosa demonstração do Espírito Santo que deu poder e força às mensagens passadas, vindas ao povo de Deus.
As provas do Pastor G não são de confiar. Caso sejam recebidas, destruirão a fé do povo de Deus na verdade que fez de nós o que somos.
Importa que sejamos decididos quanto a esse assunto; pois os pontos que ele tem estado procurando provar pelas Escrituras não são seguros. Não provam que a experiência passada do povo de Deus fosse enganosa. Tínhamos a verdade; éramos dirigidos pelos anjos de Deus. Foi sob a direção do Espírito Santo que a apresentação do assunto do santuário foi proporcionada. É eloqüência da parte de cada um manter-se em silêncio a respeito dos aspectos de nossa fé em que não desempenhou qualquer parte. Deus nunca Se contradiz. São mal aplicadas provas escriturísticas, uma vez que sejam forçadas para testificar daquilo que não é verdadeiro. Outros e mais outros se levantarão e introduzirão pseudo grande esclarecimento, e farão suas afirmações. Nós, porém, permanecemos com os velhos marcos. (I João 1:1-10.)
Estou instruída a dizer que estas palavras podemos usar como sendo apropriadas para este tempo, pois é chegado o tempo em que o pecado precisa ser chamado por seu justo nome. Somos estorvados em nosso trabalho por homens não convertidos, que buscam sua própria glória. Desejam ser considerados originadores de teorias novas, as quais apresentam pretendendo que sejam verdade. Se, porém, essas teorias forem recebidas, levarão à negação da verdade que, nos últimos cinqüenta anos, Deus tem estado a conceder a Seu povo, comprovando-a pela demonstração de Seu Santo Espírito. Carta 329, 1905.
As Verdades Reveladas
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” I Tim. 2:15. Aprendei a tomar as verdades que foram reveladas, e a manejá-las de tal maneira que sejam alimento ao rebanho de Deus.
Encontraremos os que permitem sua mente vaguear em ociosas especulações acerca de coisas de que nada se diz na Palavra de Deus. Deus falou na linguagem mais clara sobre todo assunto que afeta à salvação da alma. Deseja, porém, que evitemos os devaneios, e diz: Ide hoje trabalhar em Minha vinha. A noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Deixai toda curiosidade ociosa; vigiai, trabalhar e orai. Estudai as verdades que têm sido reveladas. Cristo deseja romper com todas as fantasias ociosas, e indica-nos os campos maduros para a ceifa. A menos que trabalhemos diligentemente, a eternidade nos esmagará com seu peso de responsabilidades. …
Nos dias dos apóstolos foram apresentadas como verdade as mais tolas heresias. A história tem sido e será repetida.
Haverá sempre pessoas que, se bem que aparentemente conscienciosas, se apeguem à sombra, preferindo-a à substância. Tomam o erro em vez da verdade, porque o erro se acha revestido de nova roupagem que, pensam, cobre algo de maravilhoso. Seja, porém, removida a cobertura, e aparece a nulidade. Review and Herald, 5 de fevereiro de 1901.
Questões de Importância Eterna
Detende-vos sobre as lições sobre que Cristo Se demorava. Apresentai-as ao povo como Ele as apresentava. Insisti nos assuntos que dizem respeito ao bem-estar eterno. Tudo quanto o inimigo pode arquitetar para desviar a mente da Palavra de Deus, tudo quanto é novo e estranho que ele possa originar para criar uma diversidade de sentimento, ele introduzirá como alguma coisa maravilhosamente importante. Mas as coisas que não podemos compreender claramente não têm para nós um décimo da importância das verdades da Palavra de Deus, que podemos compreender claramente e introduzir na vida diária. Cumpre-nos ensinar ao povo as lições que Cristo introduziu em Seus ensinos, tiradas das Escrituras do Antigo Testamento. A linguagem da verdade divina é claríssima. Carta 16, 1903.
Pontos Desnecessários à Fé
Há muitos assuntos de que se trata, os quais não são necessários ao aperfeiçoamento da fé. Não temos tempo para seu estudo. Muitas coisas se encontram além da compreensão finita. Devem ser recebidas verdades fora do alcance de nossa razão, e que não são de molde a serem por nós explicadas. A revelação no-las apresenta para serem implicitamente recebidas como palavras de um Deus infinito. Ao passo que todo indagador capaz deve buscar a verdade tal como é em Jesus, há ainda coisas não simplificadas, declarações que a mente humana não pode apreender nem deslindar pelo raciocínio sem estar sujeita a fazer cálculos e explicações humanos, os quais não se demonstrarão um cheiro de vida para vida.
Toda verdade que nos é essencial introduzir na vida prática, que diz respeito à salvação da alma, é tornada clara e positiva. Carta 8, 1895.
Mensagens Escolhidas, Capitulo 19, Ellen G. White