Como preparar a introdução e a conclusão de uma exposição


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Aprimorando a comunicação

[Todo pregador tem uma mensagem a ser dada, ] temos pensamentos, sentimentos e atos que iremos expressar em palavras, no objetivo de comunicá-los por meio da linguagem. Isso é constituído de duas fases preparação e apresentação.

A preparação é o mais importante passo que damos para assegurar o sucesso de nossa comunicação. Consiste em dar forma e feição à nossa mensagem. Essa mensagem precisa de uma estrutura, precisa de um invólucro, e é justamente a capacidade de dar um bom invólucro à nossa mensagem que vai determinar se somos um comunicador habilidoso, ou não.

Introdução

Primeiramente, temos que preparar a introdução, algo que conquiste a atenção do ouvinte. Pode ser uma pergunta, uma citação de outro autor, um problema a ser solucionado, algo que esteja relacionado com a vida de todos para eles se interessarem. Não podemos simplesmente supor que, já que nos ouvem, automaticamente estão interessados pelo que dizemos.

Suponhamos que eu principie uma mensagem da seguinte maneira: “Para começar, quero narrar-lhes uma ilustração muito importante, aliás, algo muito importante para mim. Outro dia quando eu estava lendo um texto do Antigo Testamento, as palavras como que se salientaram, ficaram muito vívidas para mim…” O que foi que eu disse até aí? Nada.

Vejamos uma introdução melhor: “Eliseu morava em Dotã. Certo dia ele se levantou e foi lá fora pegar o jornal, o Diário de Dotã, e viu uma cena terrível”. Aqui já fomos direto ao ponto central da historia, e os ouvintes nos acompanham atentos [além de estarem curiosos para saber que cena terrível foi esta].

Quando digo que precisamos ter uma boa introdução, estou pressupondo que o professor já domina bem tudo que dirá depois, e o modo como o dirá.

Na minha opinião, quase todas as mensagens que já ouvi poderiam ter sido reduzidas a pouco mais da metade de seu tamanho e a maioria delas até a metade, se o orador tivesse dominado melhor o modo de expressar o que pretendera dizer.

Conclusão

Por último, é preciso também saber concluir. Parece que a conclusão da mensagem é a que menos se prepara.

Muitas Vezes tenho ouvido pregadores chegar ao final do sermão, e ficar como que sobrevoando o campo, sem encontrar uma boa pista de aterrissagem. “E finalmente”, dizem eles, “em conclusão… e além do mais… e que Deus abençoe essa mensagem em nosso coração”, o que realmente significa: “Não tenho a mínima ideia de como vou terminar esta pregação”.
[Assim como a introdução captura a atenção de nossos ouvintes para algo que temos a dizer, terminar nossa apresentação sem uma devida conclusão, pode encher nossa audiência de frustração: – E agora? O que eu faço com tudo o que foi apresentado?

A conclusão, como o próprio nome diz, precisa finalizar o assunto que foi iniciado. Se iniciamos com uma pergunta, a resposta precisa ser dada. Se iniciamos com um problema, a solução precisa ser apresentada. Se iniciamos com uma citação, a razão de a termos utilizado deve ficar clara.

Quando a conclusão cumpre o seu propósito os ouvintes então são preenchidos com o sentimento de satisfação: – Ah! Agora entendi o porquê.
Além de concluir o assunto, a conclusão precisa mexer com a vontade dos ouvintes, é o que chamamos de aplicação.

Muitos pregadores costumam aplicar os ensinamentos bíblicos à vida de seus ouvintes em cada divisão (ponto principal) da pregação, outros preferem fazer a aplicação no final junto com a conclusão, justamente, para impelir os ouvintes a responderem positivamente ao ensinamento ministrado.

Todo professor, pregador, palestrante, orador precisa saber como iniciar e como finalizar. Iniciar sem uma preparação adequada irá atrapalhar todo o andamento. Concluir sem uma preparação adequada poderá jogar todo o trabalho na lata do lixo.]

Excerto extraído do excelente livro: Ensinando para transformar vidas de Howard Hendricks

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