Permita começar este artigo com as definições destes dois termos, confira.
Palestra
1. troca de palavras, de ideias entre duas ou mais pessoas; conversação.
2. conferência ou debate sobre tema cultural ou científico.
2. discurso religioso; sermão.
3. p.ext. repreensão, reprimenda.
4. p.ext. alocução que visa convencer.
Reflita um momento, qual das duas opções parecem ser mais apropriadas para o culto em uma igreja, pense mais um pouco, você tem recebido o Pão Vivo, a Água Viva em sua comunidade através da pregação dos mensageiros de Deus?
Os sermões em nossos cultos tem saciado a nossa fome e nossa sede de Jesus Cristo que somente a Palavra Viva pode saciar?
O que mais se vê, e mais se ouve hoje em nossos púlpitos para nosso espanto, não é a Palavra de Deus, não é a glória, a santidade de Deus, mas palestras disfarçadas de sermão, disfarçadas porque às vezes são utilizadas algumas passagens bíblicas para “corroborar” o pensamento do mensageiro, às vezes.
- Como ser um melhor cristão, ser um servo de oração
- Como ser um melhor pai, um melhor esposo
- Como ter mais saúde, mais riqueza
- Como ser fiel a Deus e obediente aos seus mandamentos
É pregado tudo, menos o principal, a saber, Jesus Cristo crucificado por nossos pecados e ressurreto para nossa salvação. O amor do Pai em conceber desde a eternidade, o plano da salvação a todos os que venham aceitar a Seu Filho como Salvador. O Espírito Santo santificador, que faz de nós novas criaturas através da obra redentora de Jesus Cristo.
As palestras são importantes e tem o seu lugar, mas não deveria ser em nossos púlpitos no momento de nossos cultos, onde as pessoas clamam pela glória de Deus, rogam pelo perdão dos pecados, suplicam por uma vida de santidade, exigem alimento sólido e muitas vezes são lhes servidas migalhas.
Precisamos viver melhor do ponto de vista ético-cristão, precisamos ser mais piedosos, sermos sacerdotes do Senhor em nosso lar, ter saúde para poder glorificar a Deus em nosso corpo, que é o templo do Espírito e todo o mais que possa contribuir para a melhoria de nossa vida cristã.
No entanto, todos estes pontos importantes, sem o ponto principal que é Jesus Cristo e sua graça, que nos concede nova vida, que faz de nós novas criaturas, tem pouco efeito, não passa de conduta comportamental, disciplina adquirida e legalismo.
Toda e qualquer oportunidade de pregação, deve conduzir seus ouvintes a Cristo e a sua obra salvífica.
Charles Spurgeon, o principe dos pregadores, em suas pregações traçava um caminho que conduzia sempre a Cristo, veja o que ele diz a respeito:
“De tudo o que eu gostaria de dizer isto é o resumo; Meus irmãos, pregai Cristo, sempre e sempre. Ele é todo o evangelho. Sua pessoa, seus serviços e seu trabalho devem ser o nosso grande e abrangente tema. O mundo ainda precisa conhecer sobre seu Salvador e do caminho para alcançá-lo … Não somos chamados a proclamar a filosofia e a metafísica, mas o simples evangelho. A queda do homem, a sua necessidade de um novo nascimento, o perdão através de uma expiação e salvação, como o resultado da fé, estes são o nosso machado de guerra e armas de guerra.”
Toda a Palavra de Deus fala a respeito de Jesus Cristo e sua obra, seja como profecia, cumprimento e promessa. Seja através de tipos figurativos, seja através de relatos do próprio Senhor Jesus, as Escrituras possuem material inesgotável para a pregação dos mensageiros de Deus.
“E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria.
1 Coríntios 2:1-5
Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.
E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor.
E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder;
Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.”