Pregando Cristo
Spurgeon era muito preocupado com que sua pregação abordasse as necessidades das pessoas na situação em que elas estavam. Ele era realmente muito cauteloso em ter uma série de sermões, dizendo que a maioria dos pregadores não estavam interessados o suficiente em se tornarem capazes de prender a atenção das pessoas.
Uma de suas grandes forças é que ele sempre procurou pregar a Cristo: pregando o evangelho para as pessoas onde elas estavam e atendendo as suas necessidades.
Havia uma grande força em que ele realmente se preocupava com a condição das pessoas, não as ignorando. Mas havia uma fraqueza nisso também – porque ele estava procurando pregar de um texto que ele acreditava ser sempre relevante para os contextos e experiências das pessoas naquela época, isso significava que ele não era sistemático em sua pregação.
Então ele ia de um texto para outro. Eu acredito que ele não tinha conhecimento do perigo que ele estava correndo, por utilizar esse método, de um pregador que monta o seu próprio passatempo. Isto é o que eu quero pregar em vez de se ligar a um texto e, portanto, ser forçado semana após semana a pregar todo o conselho de Deus, em vez de sua própria agenda.
Então, sua força como pregador é que ele quer ministrar a Cristo para onde as pessoas estão em sua necessidade. Mas há um outro lado nisso. Sempre havia o perigo de ele não estar pregando todo o conselho de Deus agindo desta maneira.
Equilíbrio
Isso significa para nós hoje que os pregadores precisam, por um lado, pensar com muito cuidado: Como, na minha programação de pregação e em minha pregação, estou assegurando que não estou simplesmente pregando meus pensamentos [os assuntos que mais gosto, os tópicos que mais tenho facilidade, que são mais interessantes para mim] e procurando algum texto que funcionará para pregar meus pensamentos?
Como ancorar-me às Escrituras de modo que as pessoas estejam ouvindo todo o conselho de Deus e, por outro lado, estar ciente das necessidades específicas de minha congregação – as pessoas com quem estou falando nesta situação – em vez de falar para o vento?
Portanto, há uma lição para os pregadores de hoje aprenderem com a força e a fraqueza de Spurgeon.
Precisamos pregar para as pessoas onde elas estão, mas sempre com o contexto de todo o conselho de Deus [e não somente os assuntos ou as doutrinas que preferimos].
Por Michael Reeves
Artigo original: https://www.crossway.org/articles/2-things-pastors-can-learn-from-spurgeons-preaching/