Sacrifício: Sacrificando-se pelos ideais

estatua


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Em uma das galerias de Paris há uma estátua notável. O escultor, como em geral todos os artistas famosos, era muito pobre e viveu e trabalhou num sótão. Afinal, completou a estátua. Olhou-a cheio de orgulho e afeição; quantas noites perdidas, quanto sacrifício e quanta paciência representavam aquela estátua! Bastante cansado deitou-se, mas aquela noite caiu sobre Paris uma geada fortíssima.

O escultor acordando no seu quarto frio e desconfortável lembrou-se da sua estátua tão recentemente terminada – teve receio que a geada estragasse o trabalho que com tanto esmero fizera. Correndo os olhos pelo quarto, nada via com que pudesse proteger sua tão sonhada estátua. Não hesitou um momento sequer, levantou-se e tirando a roupa de cama com que se cobria, agasalhou com o máximo cuidado a bela escultura.
Pela manhã o escultor foi encontrado morto, mas a sua estátua ainda existe hoje. Morreu para perpetuar a obra das suas mãos.
Irmãos, somos a obra das mãos do Grande Artista. E Ele, semelhante a este escultor, morreu também, morreu para dar-nos vida eterna. Há porém uma diferença: ao morrer este artista, apenas preservou a sua estátua do mau tempo naquela noite; o Divino Escultor, porém, ressuscitou e vive para todo sempre, podendo protegermos de todos os perigos.

 


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